Fiquei maravilhado com toda a técnica do profissional contratado para executar a retirada da colmeia. Munido de um borrifador, esfumaçava a casa dos insetos que saiam desnorteadas pelo pátio, porém o mais curioso era saber que, segundo ele, as abelhas demoravam um pouco para abandonar a colméia por se alimentar antes com o máximo de mel e cera que elas pudessem ingerir, pois precisaria de estar saciada em um novo percurso, até reestruturar a ninhada em outro local.
Todos que se encontravam no estabelecimento se contagiavam com o que acontecia naquele dia.
O mel, os favos, a cera, a luta das abelhas em proteger a sua rainha e que, mesmo diante de um jato de fumaça em suas fuças, não perdia o foco de seus objetivos e a executavam com competência.
"tem que sair uma matéria sobre isso!"- dizia o nosso nobre companheiro GM Oliveira, enquanto se lambuzava numa colher embebido de mel- "Elas não saem de barriga vazia, por que sabem que podem morrer sem a colmeia".
E motivado por essa história de coragem das pequeninas é que resolvi pesquisar sobre a organização deste animal que é o maior exemplo da existência Divina, onde todos os dias quando alçam voo, desafiam a lei da física (Pela lei da aerodinâmica, o zangão não pode voar. Pois possui um corpo muito grande e pesado para asinhas tão miúdas), e comprometidas em suas tarefas diárias, cumprem o dever que foi proposto com precisão e organização. Harmoniosamente uma completando e respeitando a outra.
As abelhas são insetos sociais, pois, em sua grande maioria, convivem em harmonia nas colônias, que pode chegar a ter cerca de 60 mil abelhas, e são estabelecidas da seguinte forma: rainha, algumas dezenas de zangões e milhares de operárias, cada qual executando funções diferentes e imprescindíveis para o desenvolvimento da colmeia.
Principal componente da colmeia, a rainha mantém a harmonia no trabalho e é também a responsável pela reprodução. Seu tempo de vida é o mais longo dentro de todos os membros e pode chegar aos impressionantes seis anos.
Responsáveis por fecundar a rainha, os zangões servem para dar continuidade à vida na colmeia. Seu tempo de vida é curto, no máximo três meses, pois são executados pela rainha logo após a fecundação.
As operárias são responsáveis por várias funções dentro da colmeia: pela manutenção da higiene, por garantirem o alimento e a água através da coleta do pólen e do néctar, pela produção da cera para formar os favos, pela alimentação da rainha, zangões e larvas por nascer, e ainda por cuidarem da defesa da família.
Desde o nascimento (que começa num ovo posto pela rainha), até estar formada, a abelha passa por diversas transformações (ovo, larva, crisálida ou ninfa e insecto perfeito), que se designam por metamorfoses.
As operárias são todas as outras abelhas fêmeas da colmeia. São fêmeas de desenvolvimento incompleto que, como o nome indica, fazem todo o trabalho. E os deveres mudam com a idade:
1 a 3 dias Limpar e polir as células
1 a 3 dias Alimentar as larvas mais velhas
6 a 8 dias Alimentar as larvas mais novas
8 a 12 dias Alimentar e cuidar da rainha
12 a 15 dias Limpeza da casa
15 a 18 dias Segregação da cera e construção dos favos
18 a 20 dias Guarda da colmeia
21 dias em diante Procura de pólen, néctar, água e própolis.
No verão a vida de uma operária é muito curta, cerca de seis semanas. Pode dizer-se que morrem por excesso de trabalho, pois a atividade necessária para a produção do mel é prodigiosa. Uma colônia de dimensão média (40.000 abelhas no verão) pode recolher e consumir 45 kg de pólen e produzir 180 kg de mel, consumindo entre 135 e 157 kg desse mel.
As abelhas têm o corpo coberto de pelos, seis patas e quatro asas, um dardo ou ferrão, muito aguçado, na extremidade do abdómen; são de uma cor fulva e a sua boca acha-se munida de uma tromba, que lhes serve para sugar o suco das flores, essencial para o fabrico da cera, de que fazem as suas células ou alvéolos, e do mel, que neles depositam.
Embora a picada da abelha não seja extraordinariamente perigosa, convém atenuar os seus efeitos dolorosos e incomodativos. E para isso, ainda que se desconheça qualquer remédio de absoluta eficácia, principalmente porque quando se chega a intervir já o veneno entrou na corrente circulatória, aconselha-se o seguinte: arrancar imediatamente o ferrão e esfregar o ponto picado com salsa ou com uma cebola cortada. No caso de diversas picadas, deve aplicar-se sobre a região atacada compressas de água fria salgada ou levemente avinagrada. Aplicam-se picaduras de abelha no tratamento do reumatismo crônico.
As abelhas operárias são disciplinadas, metódicas e ordeiras. Elas surgem de um ovo depositado pela abelha rainha em um dos tubos hexagonais que formam uma colmeia, e a partir daí inicia-se a história de vida de uma pequenina, porém extraordinária operária.
O mais interessante disso tudo, é que uma abelha operária, depois de exercer várias funções em prol da colmeia, exatamente após vinte dias de vida, ela passa a se guarda da colmeia. Fica a postos nos acessos da colmeia, atenta a aproximação de outros insetos (formigas, cupins) e até animais como ursos. A comunicação do perigo é feita com a dispersão de um odor liberado por uma glândula localizada próximo do ferrão. A percepção deste sinal promove a saída de populações de operárias que vão atacar decididamente os intrusos.
E já no vigésimo terceiro dia de vida a abelha assume a atividade mais trabalhosa - a de sair pelos campos para coletar néctar e pólen.
Mais, os elementos que identificam fontes de néctar e pólen comunicam às outras abelhas, por meio de movimentos (espécie de dança) a localização das referidas fontes. O odor preso à abelha informante comunica detalhes sobre o tipo de planta localizada. A operária desempenha cerca de 30 dias a atividade de coleta de materiais para abastecer a colmeia.
Depois de cerca de 50-55 dias de vida como abelha operária, sentindo aparecer a fraqueza e a velhice, o pequeno trabalhador afasta-se espontaneamente de sua comunidade para morrer sem promover a descontinuidade do trabalho de suas dedicadas colegas.
Diante de tudo o que pesquisei sobre o assunto, só me veio uma reflexão: Como está sendo a execução dos nossos trabalhos, enquanto Guarda Municipal? Será que soubemos respeitar as decisões de quem está no comando? E o comando? Sabe exatamente como se posicionar no seu papel? A comunicação entre os agentes esta sendo claro? De uma coisa é certa: estamos trilhando um caminho que não tem mais volta. Se está sendo feito a passos largos ou curtos, não importa! o que importa realmente é que vamos chegar a algum lugar.
Basta-nos só seguir com responsabilidade, seriedade e sabedoria que a festa no final do caminho já é certa!
E que sejamos como abelhas... mesmo que nenhum ser humano ponha fé, temos de voar mesmo assim.
A abelha é a prova de que TUDO É POSSÍVEL QUANDO SE TEM UM SONHO, DETERMINAÇÃO E GARRA!
'' Se as abelhas entrassem em extinção, o homem não sobreviveria mais de quatro anos'' Albert Einstein.
Dedicado ao GM Oliveira.
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