TEIXEIRA DE FREITAS-BAHIA

SAUDAÇÕES

"Toda força será fraca, se não estiver unida."
(Jean de La Fontaine)

quinta-feira, 4 de julho de 2013

A LIÇÃO DAS ABELHAS

Nos primeiros meses deste ano, logo quando o departamento da Guarda Municipal de Teixeira de Freitas passou a exercer os seus trabalhos no atual prédio da Secretaria de Segurança com Cidadania, foi encontrado em um compartimento daquela instituição uma colmeia, de onde foi extraído uma grande quantidade de mel.


Fiquei maravilhado com toda a técnica do profissional contratado para executar a retirada da colmeia. Munido de um borrifador, esfumaçava a casa dos insetos que saiam desnorteadas pelo pátio, porém o mais curioso era saber que, segundo ele, as abelhas demoravam um pouco para abandonar a colméia por se alimentar antes com o máximo de mel e cera que elas pudessem ingerir, pois precisaria de estar saciada em um  novo percurso, até reestruturar a ninhada em outro local.

         

Todos que se encontravam no estabelecimento se contagiavam com o que acontecia naquele dia.
O mel, os favos, a cera, a luta das abelhas em proteger a sua rainha e que, mesmo diante de um jato de fumaça em suas fuças, não perdia o foco de seus objetivos e a executavam com competência.
"tem que sair uma matéria sobre isso!"- dizia o nosso nobre companheiro GM Oliveira, enquanto se lambuzava numa colher embebido de mel- "Elas não saem de barriga vazia, por que sabem que podem morrer sem a colmeia".
          

E motivado por essa história de coragem das pequeninas é que resolvi pesquisar sobre a organização deste animal que é o maior exemplo da existência Divina, onde todos os dias quando alçam voo, desafiam a lei da física (Pela lei da aerodinâmica, o zangão não pode voar. Pois possui um corpo muito grande e pesado para asinhas tão miúdas), e comprometidas em suas tarefas diárias, cumprem o dever que foi proposto com precisão e organização. Harmoniosamente uma completando e respeitando a outra.

  

Descobri que as abelhas são animas fascinantes. Seu estilo de vida, sua organização social e hierárquica,algumas espécies, chega a ser mais complexo e organizado do que a dos humanos.
As abelhas são insetos sociais, pois, em sua grande maioria, convivem em harmonia nas colônias, que pode chegar a ter cerca de 60 mil abelhas, e são estabelecidas da seguinte forma: rainha, algumas dezenas de zangões e milhares de operárias, cada qual executando funções diferentes e imprescindíveis para o desenvolvimento da colmeia.
Principal componente da colmeia, a rainha mantém a harmonia no trabalho e é também a responsável pela reprodução. Seu tempo de vida é o mais longo dentro de todos os membros e pode chegar aos impressionantes seis anos.
Responsáveis por fecundar a rainha, os zangões servem para dar continuidade à vida na colmeia. Seu tempo de vida é curto, no máximo três meses, pois são executados pela rainha logo após a fecundação.
As operárias são responsáveis por várias funções dentro da colmeia: pela manutenção da higiene, por garantirem o alimento e a água através da coleta do pólen e do néctar, pela produção da cera para formar os favos, pela alimentação da rainha, zangões e larvas por nascer, e ainda por cuidarem da defesa da família.
Desde o nascimento (que começa num ovo posto pela rainha), até estar formada, a abelha passa por diversas transformações (ovo, larva, crisálida ou ninfa e insecto perfeito), que se designam por metamorfoses.
                      

As operárias são todas as outras abelhas fêmeas da colmeia. São fêmeas de desenvolvimento incompleto que, como o nome indica, fazem todo o trabalho. E os deveres mudam com a idade:

1 a 3 dias Limpar e polir as células
1 a 3 dias Alimentar as larvas mais velhas
6 a 8 dias Alimentar as larvas mais novas
8 a 12 dias Alimentar e cuidar da rainha
12 a 15 dias Limpeza da casa
15 a 18 dias Segregação da cera e construção dos favos
18 a 20 dias Guarda da colmeia
21 dias em diante Procura de pólen, néctar, água e própolis.
No verão a vida de uma operária é muito curta, cerca de seis semanas. Pode dizer-se que morrem por excesso de trabalho, pois a atividade necessária para a produção do mel é prodigiosa. Uma colônia de dimensão média (40.000 abelhas no verão) pode recolher e consumir 45 kg de pólen e produzir 180 kg de mel, consumindo entre 135 e 157 kg desse mel.

                                                 

As abelhas têm o corpo coberto de pelos, seis patas e quatro asas, um dardo ou ferrão, muito aguçado, na extremidade do abdómen;  são de uma cor fulva e a sua boca acha-se munida de uma tromba, que lhes serve para sugar o suco das flores, essencial para o fabrico da cera, de que fazem as suas células ou alvéolos, e do mel, que neles depositam.

Embora a picada da abelha não seja extraordinariamente perigosa, convém atenuar os seus efeitos dolorosos e incomodativos. E para isso, ainda que se desconheça qualquer remédio de absoluta eficácia, principalmente porque quando se chega a intervir já o veneno entrou na corrente circulatória, aconselha-se o seguinte: arrancar imediatamente o ferrão e esfregar o ponto picado com salsa ou com uma cebola cortada. No caso de diversas picadas, deve aplicar-se sobre a região atacada compressas de água fria salgada ou levemente avinagrada. Aplicam-se picaduras de abelha no tratamento do reumatismo crônico.
As abelhas operárias são disciplinadas, metódicas e ordeiras. Elas surgem de um ovo depositado pela abelha rainha em um dos tubos hexagonais que formam uma colmeia, e a partir daí inicia-se a história de vida de uma pequenina, porém extraordinária operária.
O mais interessante disso tudo, é que uma abelha operária, depois de exercer várias funções em prol da colmeia, exatamente após vinte dias de vida, ela passa a se guarda da colmeia. Fica a postos nos acessos da colmeia, atenta a aproximação de outros insetos (formigas, cupins) e até animais como ursos. A comunicação do perigo é feita com a dispersão de um odor liberado por uma glândula localizada próximo do ferrão. A percepção deste sinal promove a saída de populações de operárias que vão atacar decididamente os intrusos.

   

E já no vigésimo terceiro dia de vida a abelha assume a atividade mais trabalhosa - a de sair pelos campos para coletar néctar e pólen.
Mais, os elementos que identificam fontes de néctar e pólen comunicam às outras abelhas, por meio de movimentos (espécie de dança) a localização das referidas fontes. O odor preso à abelha informante comunica detalhes sobre o tipo de planta localizada. A operária desempenha cerca de 30 dias a atividade de coleta de materiais para abastecer a colmeia.
 Depois de cerca de 50-55 dias de vida como abelha operária, sentindo aparecer a fraqueza e a velhice, o pequeno trabalhador afasta-se espontaneamente de sua comunidade para morrer sem promover a descontinuidade do trabalho de suas dedicadas colegas.

  

Diante de tudo o que pesquisei sobre o assunto, só me veio uma reflexão: Como está sendo a execução dos nossos trabalhos, enquanto Guarda Municipal? Será que soubemos respeitar as decisões de quem está no comando? E o comando? Sabe exatamente como se posicionar no seu papel? A comunicação entre os agentes esta sendo claro? De uma coisa é certa: estamos trilhando um caminho que não tem mais volta. Se está sendo feito a passos largos ou curtos, não importa! o que importa realmente é que vamos chegar a algum lugar. 
Basta-nos só seguir com responsabilidade, seriedade e sabedoria que a festa no final do caminho já é certa!
E que sejamos como abelhas... mesmo que nenhum ser humano ponha fé, temos de voar mesmo assim.
A abelha é a prova de que TUDO É POSSÍVEL QUANDO SE TEM UM SONHO, DETERMINAÇÃO E GARRA!


'' Se as abelhas entrassem em extinção, o homem não sobreviveria mais de quatro anos'' Albert Einstein.
Dedicado ao GM Oliveira.

ASCOM GMTF

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